# Aqui Base Tango

Creio que é dos segredos mais bem guardados de Coimbra. 

Ou se calhar nem é segredo. Para mim era. 

É, com toda a certeza, o sitio que conheço que mais tem a ver com o que mais gosto: liberdade! 




Uma antiga esquadra da PSP tornou-se no Aqui Base Tango
Uma casa com três pisos, várias salas, cada uma com um tema: esqueçam a decoração comum, esqueçam o vintage, esqueçam o alternativo,... vai muito para além disso! 

Andei meses a saber que ele existia mas sem o visitar: parva! É o único adjectivo possível pelo comodismo ter levado a melhor durante semanas. 




Entrar no Aqui Base Tango é cultivar os nossos sentidos.
Quando cheguei fechei-me na minha bolha, pedi um gin no bar do R/C e perdi-me pela casa enquanto este era preparado.






Não consegui parar de fotografar durante cerca de 20 minutos (ou mais?). Não disse uma palavra durante esse tempo, apenas consegui enviar uma mensagem a agradecer (muito!) à pessoa que me falou no ABT e continuar a fotografar.

















Frustrada. 
Acho que por mais que tente, é impossível transmitir em imagens a magia daquele lugar.

Conheço-me um bocadinho mais a cada sitio que descubro, seja uma terra ou um bar, natureza ou cidade. E percebi bastante sobre mim nos minutos em que andei a vaguear sozinha neste lugar. 
Pode ser para muitos, apenas, um bar alternativo. Um espaço para concertos, para divulgação de arte, para beber um copo entre amigos. Certo! Mas, pessoalmente, teve um peso bem maior. 





Poerá ter sido a magia do primeiro impacto, não sei! De qualquer forma, Fernando Pessoa escreveu por intermédio de Alberto Caeiro a frase que melhor caracteriza os minutos em que andei sozinha de máquina fotográfica na mão a conhecer este espaço: 

O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa.




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