# Livros: Comer Orar Amar

Como escrevi aqui, tenho, relativamente aos livros, duas manias - e sorte em serem só duas: em primeiro lugar faço questão que um livro seja mesmo um livro: não é um pdf impresso, muito menos no ecrã de um tablet, é um livro de capa, folhas ásperas (são as que mais gosto!) e cheiro a paz; em segundo lugar, faço questão de sublinhar, a marcador colorido, todas as frases que gosto (por diversas razões!). 

São quase três da manhã e eu estou a escrever um post no blog. Não é um post qualquer. É sobre um dos meus livros preferidos (apesar de eu preferir livros de autores portugueses), este transmite-me várias lições. Foi o livro que me fez apaixonar por Itália. Foi o livro que me compreendeu. O livro certo!


A única coisa mais impensável do ir embora era ficar, e a única coisa impossível de do que ficar era ir embora. 

Para encontrares o equilíbrio que pretendes (...) tens de te transformar nisto. Deves manter os pés agarrados tão firmemente à terra como se tivesses quatro pernas em vez de duas. Dessa forma, podes ficar no mundo, mas tens de parar de olhar para ele através da tua cabeça. Em vez disso, deves olhá-lo através do teu coração. Dessa forma, conhecerás Deus.

 Se amar uma pessoa, ela pode ter tudo de mim: o meu tempo, a minha dedicação, o meu rabo, o meu dinheiro, a minha família, o meu cão, o dinheiro do meu cão - tudo. Se amar uma pessoa, carregarei toda a sua dor por ela, assumirei todas as suas dívidas (em todos os sentidos da palavra), protegê-la-ei da sua própria insegurança, projectarei nela todo o tipo de boas qualidades que nunca cultivou em si mesma e comprarei presentes de Natal para toda a sua família. Dar-lhe-ei o sol e a chuva e, se não estiverem disponíveis, dar-lhe-ei um cheque de sol e outro de chuva. Dar-lhe-ei tudo isto e mais ainda até ficar tão cansada e esgotada que a única forma de recuperar a minha energia é apaixonar-me por outra pessoa.

O meu pai é simplesmente a pessoa de quem mais gosto no mundo, mas é um bocadinho estranho. 

Os pensamentos felizes fazem-me feliz, mas com rapidez passo outra vez à preocupação obsessiva e ao mau-humor; e depois vem a recordação de um momento de raiva e começo a ficar irritada e aborrecida outra vez; depois, a minha mente decide que talvez seja boa altura para começar a sentir pena de si mesma e a solidão depressa aparece. No fim de contas, somos aquilo que pensamos. As nossas emoções são escravas dos nossos pensamentos e nós somos escravos das nossas emoções. 

Estamos sempre a remexer no passado ou a espiar o futuro, mas raramente descansamos no presente. 

(...) nunca devemos dar hipótese a nós mesmos de nos irmos abaixo, pois quando o fazemos, torna-se uma tendência e acontece vezes sem conta. Em vez disso, devemos praticar para ficarmos fortes. 

As pessoas pensam que uma alma gémea é o par perfeito e é isso que toda a gente quer. Mas uma verdadeira alma gémea é um espelho, uma pessoa que te mostra tudo aquilo que te retém, a pessoa que faz com que te centres em ti mesma para que possas mudar a tua vida. Uma verdadeira alma gémea é provavelmente a pessoa mais importante que alguma vez conhecerás porque deita abaixo as tuas defesas e desperta a tua consciência. 

6 comentários:

  1. Compreendeu-te a ti e compreendeu-me tão bem a mim...

    (Obrigada por partilhares os teus sentimentos Beatriz e me permitires identificar contigo!)
    Às vezes lemos as palavras certas no momento certo, mesmo quando precisamos.
    Um beijinho :)
    Susana

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    1. Ohh Su... Ontem quando escrevi o post, tinha escrito para terminá-lo: "O livro certo, lido no momento certo!" (e entretanto mudei para "O livro certo!") e agora tu escreves-me isso :)) Adoro! <3

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  2. Não sei o quê, mas deve existir alguma coisinha que nos liga! :)

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    1. Lê Rita :) Primeiro o livro, depois vê o filme - o livro é mil vezes melhor, mas o filme tem paisagens lindas, lindas!

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  4. Um pensamento muito completo e em poucas palavras, adorei continua assim. ;.)

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